Anagramas improváveis. Obras da Coleção de Serralves - Fundação "la Caixa"
Onde e quando
Porto
Fundação de Serralves
Museu - Ala Álvaro Siza
Rua D. João de Castro, 210
HORÁRIOS:
Abertura ao público em geral:
Segunda a sexta: 10h00 - 18h00
Sábado, domingo e feriados: 10h00 - 19h00
Recomenda-se que consulte o site da Fundação de Serralves para confirmar os horários.
Descrição
Anagramas improváveis é a primeira exposição da Coleção de Serralves apresentada na recém-inaugurada extensão do Museu, a Ala Álvaro Siza, dedicada a acolher no futuro todas as mostras da coleção, ou dedicadas à arquitetura e aos vários arquivos depositados na Fundação de Serralves.
A partir da figura do anagrama, foi pensada uma exposição que contivesse em si mesma uma grande pluralidade de possibilidades de escrita e de leitura. Ao mesmo tempo, o seu título remete para uma das características principais da arte contemporânea portuguesa – a relação com a linguagem – e para um grupo de artistas (nomeadamente Ana Hatherly e E.M. de Melo e Castro) que tiveram, através da Poesia Experimental, um papel fundamental na eclosão e desenvolvimento da contemporaneidade artística portuguesa. Anagramas Improváveis contempla a ancoragem da Coleção de Serralves nestes movimentos artístico-literários dos anos 1960–70 – bem como na mítica exposição portuguesa Alternativa Zero (1977) e na exposição-manifesto que inaugurou o Museu de Serralves, Circa 1968 (1999) – mas olha para o passado com os olhos do presente, nomeadamente através de diálogos entre obras produzidas em tempos e geografias muito distantes.
Além de uma encomenda (a artista portuguesa Luisa Cunha produziu uma peça sonora especificamente para o novo edifício), apresenta-se uma série de obras adquiridas recentemente de artistas relativamente jovens (Martine Syms, Juliana Huxtable, Korakrit Arunanondchai, Zanele Muholi, Julie Mehretu, Arthur Jafa, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Alexandre Estrela, Trisha Donnelly, entre outros), algumas adaptadas ao espaço com a cumplicidade dos seus autores, lado a lado com obras de artistas pertencentes a gerações mais antigas, ou considerados históricos (exemplos de Joan Jonas, Lourdes Castro, Lothar Baumgarten, Cabrita, Julião Sarmento, Paula Rego, Lygia Pape, Ana Jotta e Marisa Merz, entre muitos outros).
Se os anagramas dão frequentemente origem a jogos em que se tenta formar o maior número de palavras usando as letras disponíveis, Anagramas Improváveis é uma exposição que quer espoletar o maior número de sinapses usando as obras expostas.
Curadoria
Marta Almeida, Isabel Braga, Inês Grosso, Ricardo Nicolau, Joana Valsassina e Philippe Vergne.