Repetir de ano

Repetir de ano

Impacto negativo por custo muito elevado, baseado em provas moderadas.

Custo

O custo é indicativo do gasto adicional a ter em conta para a implementação das evidências: novos recursos tecnológicos, cursos de formação, atividades para alunos, etc. A estimativa de custo é aproximada e se baseia nos custos adicionais de uma turma de 25 alunos.

Eficácia

A eficácia é indicativa da força da evidência com base no número e tipos de estudos disponíveis, na qualidade desses estudos e na consistência das estimativas de impacto dos diferentes estudos.

Impacto
+-4 meses
  • O QUE É?

    Global

    Repetir de ano também é conhecido por "ficar retido", "não passar" ou "chumbar". Os alunos que não atingem um determinado padrão de aprendizagem no final do ano têm de repetir esse ano de aprendizagem, juntando-se a uma turma de alunos mais novos no ano académico seguinte. Para alunos do ensino secundário, repetir um ano normalmente está limitado a uma ou mais disciplinas a que o aluno não obteve aprovação.

    Local

    Repetir um ano é muito raro no Reino Unido, mas é relativamente comum nos EUA, onde a lei No Child Left Behind Act (Nenhuma criança é deixada para trás) (2002) recomenda que os estudantes demonstrem um conjunto de objetivos padrão antes de avançaram para o ano seguinte. Os estudantes também podem ser obrigados a repetir de ano em alguns países europeus, incluindo Espanha, França e Alemanha. Em alguns países, como a Finlândia, os alunos podem repetir de ano em circunstâncias excecionais, mas esta decisão é tomada coletivamente pelos professores, pais e o aluno, e não com base em exames no final do ano.

  • QUAL O GRAU DE EFICÁCIA?

    Global

    As provas sugerem que, na maioria dos casos, repetir de ano é prejudicial para as hipóteses de sucesso escolar de um estudante. Adicionalmente, os estudos mostram consistentemente efeitos negativos superiores para estudantes provenientes de meios desfavorecidos, sugerindo que esta prática pode aumentar a desigualdade na educação. Também é possível que repetir de ano resulte em efeitos negativos superiores quando utilizado nos primeiros anos da escola primária, para estudantes de minorias étnicas, ou para alunos que são relativamente jovens no seu grupo etário (muitas vezes referidos como alunos "nascidos no verão" na literatura europeia e norte-americana).

    Os alunos que repetem de ano fazem uma média de menos quatro meses em progresso académico durante um ano do que os alunos que passam para o ano seguinte. Além disso, os estudos sugerem que os estudantes que repetem de ano têm menos probabilidade de acompanhar os colegas de um nível semelhante que passam para o ano seguinte, mesmo após concluírem um ano de aulas adicional. Os estudos também sugerem que os alunos que repetem de ano têm maior probabilidade de abandonar a escola antes da conclusão.

    Embora o impacto médio global seja negativo, alguns estudos sugerem que em circunstâncias individuais alguns alunos podem beneficiar, particularmente a curto prazo. No entanto, parece não ser fácil identificar quais os alunos que irão beneficiar, sugerindo que repetir de ano é um risco significativo.

  • QUAL O GRAU DE FIABILIDADE DAS PROVAS?

    Global

    Não existem estudos que tenham utilizado uma conceção experimental. No entanto, de um modo global, existem várias revisões de provas de qualidade elevada que mostram a deteção consistente de efeitos negativos nos últimos cinquenta anos, tanto na Europa como na América do Norte. Por conseguinte, as provas são classificadas como moderadas.

  • QUAIS SÃO OS CUSTOS?

    Local

    Estes custos são estimados com base num ano adicional de aulas. Os custos anuais das aulas variam imenso em Inglaterra, com os custos do ensino secundário tendencialmente a recair entre 4435,92 € e 9980,81 €, e os custos do ensino primário tendencialmente a recair entre 3326,94 € e 8871,84 €. Por conseguinte, os custos são estimados em 6653,88 € por aluno por ano.

  • O QUE DEVO TER EM CONTA?

    Global

    É raro as intervenções educativas terem efeitos negativos, por isso a falta de progresso dos alunos que repetem de ano é flagrante.

    Os efeitos negativos são desproporcionadamente maiores para alunos desfavorecidos, para alunos de minorias étnicas, e para alunos que são relativamente jovens no seu grupo etário.

    Já ponderou intervenções alternativas, como explicações intensivas ou apoio individualizado? São intervenções consideravelmente mais acessíveis e podem evitar a repetição de um ano escolar (consulte Explicações individualizadas).

    Os efeitos negativos tendem a aumentar ao longo do tempo, e repetir mais do que um ano aumenta significativamente o risco de abandono escolar.